2ª Feira Mulher da Agricultura Familiar abre espaço para debates sobre o papel das mulheres do campo e a defesa de seus direitos

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30/03/2025

Discutir sobre o papel das mulheres rurais na sociedade é o que motivou levar para a programação da 2ª Feira Mulher da Agricultura Familiar rodas de conversas com diferentes atores do poder público, sociedade civil e as próprias agricultoras familiares presentes no evento.  A Feira é uma realização do governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e acontece até este domingo (30).

Com o tema geração de renda e organização coletiva de mulheres, a primeira roda de conversa debateu como esses caminhos são importantes para as mulheres rurais conquistarem autonomia, fortalecer comunidades e transformar realidades, unindo economia solidária, resistência e sororidade no campo.

A discussão reuniu representantes da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (Fetaema), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (Miqcb), Cooperativa dos Pequenos Agroextrativistas de Lago do Junco (Coppalj) e Centro de Referência Estadual de Economia Solidária do Maranhão (Cresol). 

Gersina Marques, representante da Fetaema, ressaltou a importância do tema e que quando se tem grupos organizados, fortalece a busca por direitos por essas mulheres. “Quando organizadas, as mulheres conseguem ter mais forças para garantir seus direitos, lutar contra as desigualdades. Mulheres economicamente ativas e organizadas tornam-se referências, inspirando outras a romperem com ciclos de subordinação e serem donas de suas próprias histórias,” disse.

Outro tema abordado na roda de conversa foi sobre juventude feminina e sucessão rural que teve como facilitadores representantes do Instituto Estadual do Maranhão (Iema), NDR Estação do Conhecimento de Arari, Fetaema e Associação das Casas Familiares Rurais no Maranhão (IRCOA).

Para Aysylana Campos, assessora do IRCOA, a pauta debatida sensibiliza a necessidade de investir em políticas públicas para atrair jovens e mulheres a continuarem no campo. “É um grande desafio em como manter os jovens no campo, por isso a importância de investir em políticas públicas e na educação no campo para que estes jovens possam trazer conhecimento às suas comunidades e ajudar suas famílias a ampliar a produção de alimentos,” pontuou Aysylana. 

O acesso a políticas públicas e programas para mulheres no campo foi tema de outra roda de conversa durante a 2ª Feira Mulher da Agricultura Familiar que trouxe para o espaço de diálogo representantes da Secretaria de Estado da Mulher e Banco do Nordeste.

A secretária adjunta da SEMU, Heliane Fernandes, reforçou o trabalho do governo do Estado em garantir políticas públicas para empoderar as mulheres do Maranhão. 

“É muito importante que eventos como esse alcance as mulheres do Maranhão que vem trazer força e valorizar o empoderamento das mulheres do campo, das águas e das florestas. A Semu está aqui participando da roda de debates trazendo informação e reafirmando as políticas em defesa das mulheres, especialmente, as mulheres rurais,” destacou a secretária adjunta Heliane. 

A violência contra a mulher no campo é uma triste realidade que assombra os lares de milhares famílias pelo país, e esse assunto foi abordado na última roda de conversa com a presença da Secretaria de Estado de Participação Popular (Sedihpop), Casa da Mulher Brasileira, Escola de Governo e Secretaria Municipal de Mulheres de Bacuri.

A secretária adjunta de Biodiversidade da SAF, Marileide Costa, defensora dos direitos das mulheres rurais, enfatizou como as rodas de conversas realizadas durante a 2ª Feira Mulher da Agricultura Familiar foram essenciais para que as agricultoras sejam ouvidas e haja maiores esclarecimentos sobre seus direitos.

“Foram quatro dias de trocas profundas e transformadoras, onde cada diálogo fortaleceu o compromisso de que mulheres conheçam, exijam e conquistem seus direitos. Nós, como poder público, não apenas temos o dever, mas a honra de construir junto a elas esses caminhos – abrindo espaços, implementando políticas concretas e garantindo que autonomia econômica e social não sejam apenas promessas, mas realidade vivida por todas." pontuou Marileide.